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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A moça e o moço



Em uma tarde, a lua iluminava um casal de amantes
em plena escuridão.Avistava-se de longe apenas um
moço com as mãos no bolso e uma mulher com as mãos
enroscadas no pescoço do moço. Deitados á sombra de uma
jabuticabeira permaneceram os dois por horas e horas..
A simplicidade era tanta, que chegava a impressionar.
A cabeça dela lentamente se inclinava para o lado dele.
Ele fingia não ver, ela sabia que ele fingia.
A moça o acariciava com a delicadeza de uma pena, e
ele a fazia rimas com a facilidade que um poeta fala de amor.
Assim como a moça era do moço, o moço era da moça.
Os dois se pertenciam, e naquele momento nada que
acontecesse poderia mudar aquilo.
O moço então, segura a cabeça da moça, a pressiona contra
a árvore e diz:
A culpa é toda sua!
É por você que passo noites sem dormir, por culta tua que
já não penso mais em mim, que passo os dias a te imaginar
e as noites a te desejar.
A moça então suspira e procura palavras pra respondê-lo;
 mas na ausência destas desprende
seus braços, lança-os novamente ao pescoço do moço e o
beija como se aquele primeiro beijo fosse o último.
Esse moço era você, e essa moça era eu.